segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Pequenos pensamentos sobre a música, o tempo que não postei (não necessariamente na mesma ordem)

Desde 2014 não postei nada aqui, visto que nesse 2015 as coisas apertaram para mim, no caso, tive de trampar muito na academia, não sobrando tempo para postar nesse blog. Mas, alerto aos leitores deste ponto fétido da internerd (existem?) que estou voltando, e, nesse voltar, volto com alguns pensamentos sobre a musica hoje. O primeiro pensamento é: os jovens estão abertos a quererem tocar algo, o adulto tem de saber chegar. Penso isso de minha experiência com adolescentes neste início de 2016, cara, como o os adolescentes e pré-adolescentes gostam de música e, ainda, piram quando toco uma flauta de pvc e mostro que podes tirar tudo nela! Fica a dica para os educadores, os instrumentos musicais é um facilitador, podemos transformar as vidas destes jovens ao apresenta-los à música por um caminho não chato (isto é, bona, tempo, e só depois o instrumento... que chatice este movimento do abstrato para o concreto, o bom mesmo é concreto-abstrato-concreto, ou seja, percebe no concreto, pensa e aplica o pensamento no concreto). O segundo pensamento é: tocar perto de crianças aumenta seu capital cultural. Essa é para que já leu algo de Bourdieu e Focault, no caso, o capital cultural dos jovens aumenta quando tocamos perto deles, e percebo isso quando introduzo novos ritmos enquanto toco flauta perto de minha filha e de outras crianças amigas dela (sou pai coruja, vigio a filhota, mesmo!). Essa dica também vale para os pais deixarem de ser acomodados e tentar tocar também, aumentar o vosso capital cultural e tocar junto dos filhos, não ficando na frente da tv em plenos domingos (isso lembra O Rappa, haha). Meu terceiro pensamento é de que, quando aprendemos mais sobre musica, aumentamos nossas capacidades em outras áreas, pois conseguimos perceber que certos estilos musicais refletem certos pensamentos históricos, políticos, culturais, coisa que o ouvinte desatento não percebe. Claro que para ser um ouvinte atento não é necessário tocar, muito menos fazer o próprio instrumento, mas, percebo que, sendo ouvinte, musico e luthier a coisas ficam bem mais aguçadas. Encerro este texto meia boca com a promessa de que irei postar algo toda semana nesse ponto fétido da internerd, eu não vos abandonei, caros curiosos da bricolagem musical.

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